Frequento igrejas
evangélico desde 1992, efetivamente como cristão chamado à conversão desde
1998. Em vinte anos muita coisa mudou, nas quais não consigo ver melhoria em
muitos casos e atitudes, mas vou me ater ao título da postagem, o que eu não
entendo até hoje.
A Primeira atitude que não entendo é porque que em 99% das igrejas sejam pentecostais, neopentecostais, tradicionais ou independentes quem lidera o ministério de louvor da igreja é alguém da família do pastor, bispo, apóstolo, patriarca ou seja lá o que for. E pior é quando não há dom e nem talento para tal. Em muitas igrejas que visitei presencie essa situação. O engraçado que dificilmente você vê alguém da família do líder liderando o ministério de evangelismo, ou de manutenção do templo, ou qualquer outra função que não esteja tão e evidência.... Nesse caso o que nos faz diferentes dos políticos que empregam familiares? Como é baseado essas escolhas?
Não entendo porque
dizem que devemos ter amor as almas, mas não conseguem demostrar amor, perdão e
compaixão nem pelos que estão perto, quanto mais pelos que estão longe.
Não entendo o porque
a maioria dos evangélicos age repulsivamente como fariseus. Eles sabem muito
bem como as outras pessoas devem agir, mas para os mesmos eles estão 100%
certos e justificam todo o tempo quando não cumprem as suas próprias regras.
Hipocrisia? Longe disso.
Não entendo porque os
que deveriam ser menos apegados ao dinheiro são os que mais são seu escravo. O
mesmo que fala que se deve dar dizimo de tudo que ganhamos, de uma quantia de
R$100.000,00 em sua mão que ele com certeza não dará R$ 10.000,00 de dízimo.
Não generalizando, mas já vi isso acontecer.
Não entendo quando
declaram que o diabo é o pai da mentira, porem vivem com mentira dentro dos
templos, mostrando uma falsa santidade, uma falsa comunhão, uma falsa adoração.
Não entendo os que
deveriam estender a mão, são os que menos o fazem. Eu posso estar com fome,
sede ou nu, e provavelmente o irmão mesmo que ele tenha um pacote de arroz que
ele possa doar, uma roupa ou até um copo de água, ele fala que vai orar por
você. Então qualquer outra pessoa de outra concepção teológica que estender a
mão, eu por exemplo, como novo na fé, abraçarei essa religião, uma que se
importe com as pessoas realmente.
Não entendo os mesmos
que combatem tanto a idolatria a imagens e esculturas, são aqueles que
idolatram seus lideres, ou acreditam que objetos “benzidos” por eles e vendidos
tem poderes especiais, na maioria das vezes maior até que o do Deus vivo.
Não entendo porque os
mesmos que deveriam ser justos, cometem injustiças atrás de injustiças. É
aquele que maquina tomada de poder, divisões na igreja, roubo de rebanho,
calunia para justificar seus erros, desacreditando aqueles que o denunciaram,
promovem adultérios físicos e espirituais, e o que a mente doentia humana pode
promover.
Você pode estar
perguntando se eu me tornei ateu, ou deixei de ser cristão evangélico? A
resposta é não. Apenas não compactuo com essa hipocrisia suja, que muita das
vezes tem estado tão perto de mim, que sorri pra mim, aperta minha mão, me
abraça, me beija e senta ao meu lado.
Não porque eu sou
brasileiro, mas eu não desisto nunca.
Paulo Cesar Jr.